ROMANOS
CAPÍTULO 9
Deus e Israel (1-13). Neste trecho notamos: a) A solicitude
apostólica por Israel (1-3) era sentimento constante; era confirmada pelo
testemunho da sua consciência; era tão intensa que ele, em algum momento de
extrema devoção, quisera, como Moisés (Ex 32.32), sacrificar seu próprio
bem-estar espiritual, se assim pudesse servir à sua nação - isto é, se devemos
aceitar as traduções mais conhecidas.
b) O sétuplo privilégio de Israel (4,5) merece ser ponderado
detalhadamente. A glória referida no versículo 4 pode ser a divina glória que
outrora enchera o templo, em Jerusalém.
c) Nem todos os que são de Israel são israelitas (6,7) e
assim nem todos os que tomam o nome de "crente" são de Cristo. Neste
trecho o apóstolo começa a referir-se à soberania de Deus, manifestada ao
determinar (porque assim teve por bem)
que "o menor servirá o maior".
F.W. Grant nota que a "adoção" (v.4) de Israel não
era a mesma coisa que a adoção cristã, pela qual somos chamados filhos de Deus,
o qual podia dizer; "sou Pai para Israel" e "do Egito chamei meu
filho", mas essa adoção era como a de uma família terrestre, trazendo
privilégios e bênçãos terrestres.
É evidente que as promessas do versículo 4 são as do Velho
Testamento.
A misericórdia de Deus é exercida de acordo com sua soberana
vontade (14-24) e Ele não pode ser arguido de injustiça quando faz
misericórdia. Podemos dar infinitas graças a Deus porque é da sua vontade
divina e absoluta usar de misericórdia e compaixão para com os milhares que
nada merecem.
Um aspecto da benevolência de Deus é a manifestação da sua
ira contra os mais evidentes exemplos de iniquidade, o que ensina aos homens
lições necessárias e urgentes. Um bom pai não deixa de castigar os filhos pelo
mal que praticam.
O versículo 14 tem sido traduzido: "Que diremos pois?
que há injustiça da parte de Deus [ em ter reprovado a semente de Abraão]? De
maneira nenhuma" (C.H.520).
A voz do profetas (25-33). A voz profética predizia a
cegueira de Israel e a misericórdia divina para com os gentios. Aprendemos: a)
que até os iníquos são tratados misericordiosamente (22-24); b) que Deus
predissera aos judeus que havia de incluir os gentios entre seu povo (24-26);
c) que somente um restante de Israel, o povo escolhido, seria salvo; d) que
isso havia de ser porque a nação rejeitou seu messias (33), e procurava
justificar-se a si mesma (Goodman).
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