ROMANOS
INTRODUÇÃO
Esta epístola foi
escrita por Paulo para os cristãos em Roma no mês de fevereiro de 58 d.C., em
Corinto, na casa de um abastado crente chamado Gaio (16.23). Paulo teve como
escrevente Tárcio (16.22). A carta foi levada a Roma pela viúva Febe, que ia
ali tratar de seus negócios particulares (16. 1,2).
"Esta carta tem
sido sempre considerada a obra-prima do apóstolo Paulo, tanto pelo seu valor
intelectual como teológico, e os homens mais iminentes a têm apreciado
sobremaneira. Diz-se que Crisóstomo ouvia a leitura dela uma vez por semana;
Coleridge a considerou 'o livro mais profundo jamais escrito'. Calvino disse
que ela 'abria as portas de todos os tesouros da Escrituras'; Lutero a chamou
'o principal livro do N.T. e o Evangelho mais puro'; e Melâncton, para a
compreender melhor, copiou-a duas vezes com seu próprio punho. Godet a
intitulou 'a catedral da fé cristã'" (Lee).
Em cada epístola
devemos verificar se foi escrita a pessoas conhecidas ou desconhecidas, e notar
a diferença de tratamento em cada caso. Gálatas foi escrito o crentes bem
conhecidos, e por isso o apóstolo apela para a sua autoridade espiritual.
Romanos, a desconhecidos, e o apóstolo não usa de autoridade alguma, mas sim de
argumentos bíblicos e razões lógicas.
Embora fosse uma carta
dirigida a romanos- gentios -, vemos que entre os crentes em Roma havia,
evidentemente, um grande número de judeus convertidos. Por isso o apóstolo
refere-se constantemente aos fatos do V.T.
Podemos resumir o
sentido da Epístola em uma frase, dizendo que trata da doutrina do Evangelho.
Muita gente usa a
medicina sem ter nenhum conhecimento da ciência médica, e também muita gente
espera salvação em Cristo sem ter estudado a doutrina do Evangelho. Para tais
pessoas, Romanos é uma iluminação.
Romanos ensina as
verdades que se referem ao crente na vida individual - perdão, justificação,
etc - e nada ensina da igreja.
Coríntios ensina as
verdades que se referem aos crentes reunidos na igreja - Fraternidade,
ministério, culto, etc. Precisamos primeiro aprender o que é individual, para
depois apreciar o que é coletivo. Por isso podemos bem começar com Romanos.
"A Epístola aos
Romanos pode ser dividida em três partes: 1) A ruína universal pelo pecado da
raça humana, e o remédio da Redenção (caps. 1 a 8). 2) A revelação do Evangelho
aos judeus (caps. 9 e 11). 3) A vida cristã que se vê nos que abraçam o
Evangelho (caps. 12 a 16)" (Goodman).
ANÁLISE DE ROMANOS
Saudação (1.1-7).
Introdução (1.8-15)
Parte I. Doutrinária
(1.18 a 8.39).
A justiça de Deus com
referência aos pecados a ao pecado.
1. Tema: Condenação
(Cap. 1.18 a 3.20).
a) Os gentios sob
condenação (1.18-32).
b) Os judeus sob
condenação (2.1 a 3.8).
c) O mundo sob
condenação (3.9-20).
2. Tema: Justificação
(cap. 3.21 a 5.11).
a) A base da
justificação: a graça de Deus (3.21-26).
b) O meio da
justificação: nossa fé (3.27 a 4.25).
c) Os efeitos da
justificação: amor e vida (5.1-11).
Suplementar (5.12-21)
Condenação e
justificação referidas às suas origens históricas em Adão e em Cristo.
3. Tema: Santificação
(Cap. 6.1 a 8.11).
a) O princípio da
Santidade (6.1-11). Morte e ressurreição de Cristo.
b) A prática da
santidade (6.12 a 7.6). O reconhecimento
das novas relações e o abandono delas.
c) O impedimento à
santidade (7.7-25). A atividade interior do pecado e do egoísmo.
d) O poder da
santidade (8.1-11). O domínio ininterrupto do Espírito de Deus.
4. Tema: Glorificação
(8.12-30).
a) A evidência da
glória vindoura (12-17).
b) A expectação da
glória vindoura (18.27).
c) A certeza da glória
vindoura (28-30). Suplementar (8.21-39).
"Da condenação à
glorificação", celebrado numa canção triunfante.
Parte II
Dispensacional (Caps. 9 a 11).
A justiça de Deus em
relação à vocação de Israel.
1. A eleição de Israel
(9.1-29).
2. A rejeição de
Israel (9.30 a 10.21).
3. A conversão de
Israel (11.1-32).
Doxologia (11.33-36).
Parte III prática
(caps. 12 a 16).
A justiça de Deus em
relação à vida diária.
1. Exortações práticas
(caps.12 e 13).
a) Concernente a
deveres espirituais, sociais e civis (12.1 a 13.7); Segredo e motivo (13.8-14).
b) Concernente ao
exercício do amor cristão e da liberdade cristã (14.1-23).
2. Explicações
pessoais (15.14 a 16.24).
Doxologia (16.25-27) -
(Scroggie).
A MENSAGENS DE ROMANOS
Nosso espaço não
permite traduzir toda a "mensagem" que o dr. Scroggie escreveu. Damos
apenas o começo, que diz:
"Depois de uma
breve, mas significativa saudação e introdução, anuncia-se a proposição
principal: que, no Evangelho, que é para todos os homens, a justiça de Deus é
revelada. O desenvolvimento deste tema está em três partes: a primeira,
doutrinária, em que a justiça divina se vê em relação aos pecados e ao pecado;
em segunda, dispensacional, em que essa justiça é vista com relação à chamada
de Israel; e a terceira, prática, em que a justiça é contemplada em relação à
vida prática. Assim apresentam-se três problemas: a) Como pode Deus ser justo,
e justificar o pecador? b) Como pode Deus ser justo , e rejeitar o seu povo
antigo? c) Como e em que medida pode a justiça de Deus influir nas experiências
da vida diária? Estas são as três coisas que devem prender a nossa atenção.
1. A solução do
problema doutrinário. Nesta parte da Epístola, quatro grandes verdades se
apresentam detalhadamente - verdades que constituem as bases do cristianismo, e
sobre as quais toda a genuína experiência cristã deve descansar:
a) A verdade
concernente à condenação.
a) A verdade
concernente à justificação.
c) A verdade
concernente à santificação.
d) A verdade
concernente à glorificação.
Segue-se então:
2. A solução do
problema dispensacional.
3. A solução do
problema prático" (Scroggie).
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