João Batista (1-8). O
Ministério de João Batista é referido aqui mais resumidamente do que nos outros
evangelhos.
Notemos que a
preparação do caminho do Senhor era espiritual e não material: Corações
arrependidos, onde Cristo podia entrar com bênção. Havia muito poder espiritual
com a pregação, porque sem isso ninguém confessa os seus pecados. João
testificou de Jesus: Há muita pregação que não faz isso.
Há uma diferença entre
o batismo de João, que era o ‘de arrependimento”, e o batismo cristão “no nome
do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. João, não podendo apontar uma pessoa
para ser o centro da congregação do povo piedoso (Gn 49.10), levantou o
estandarte do arrependimento.
Batismo e tentação
(9-13). A tentação é resumida em dois versículos, mas Marcos acrescenta uma
circunstância: “estava com as feras”. Mateus coloca o serviço dos anjos depois
da tentação.
Foi o Espírito de Deus
que levou Jesus para a tentação, porque Ele havia de sair vitorioso. Jesus
ensinou seus discípulos a orar, “Não nos induzas a tentação”, porque eles eram
fracos e falíveis, e deviam recear toda classe de tentação.
Pregando o Reino
(14-20). Neste trecho notemos o seguinte: Que a pregação de Jesus começou logo
depois de João ter sido encarcerado – O trabalho não precisa parar com a falta
de um obreiro; que o Evangelho anunciado era
“do reino de Deus” – o domínio divino da vida humana é a maior das
bem-aventuranças; que para entrar nas bênçãos deste governo era preciso haver
arrependimento e fé; que Jesus necessitava de cooperadores na grande tarefa da
pregação; que os discípulos chamados deixaram as redes (o interesse material),
e outros o pai (os laços de afeição natural); que para ser pescador de homens é
preciso “ir após Ele”.
O trecho começa com a
missão e mensagem de Jesus. Notemos as quatro partes da sua pregação: 1) O
tempo cumprido (Dn 2.44; 9.25; Gl 4.4). 2) O reino está próximo. 3)
Arrependimento. 4)Fé no Evangelho.
Os quatro discípulos
chamados eram pescadores, ocupados, obedientes, prósperos. Deixaram redes,
pais, tudo: mas ganharam muito mais homens para Cristo!
“Omite-se aqui a
primeira pregação em Nazaré (Lc 4) que, sendo rejeitada, resultou em Jesus
deixar essa cidade e morar em Cafarnaum, a “ aldeia da consolação”, que, por
algum tempo, correspondeu ao nome” (Grant).
Três curas milagrosas
(21-45). “Os milagres de cura tem três valores: comprovam a vocação divina de
Jesus; revelam o coração de Deus em sua compaixão pelos homens; são parábolas
no mundo físico de sua graça e poder na esfera espiritual” (Goodman).
Essas três curas, com
a do paralítico do capítulo 2, ilustram quatro efeitos do pecado: permite a
ação de Satanás; causa inquietação; contamina; torna a pessoa inútil para o
serviço de Deus.
Notemos que havia uma
oposição permanente entre Cristo e os Demônios. Ele os expelia , às vezes, sem
ser rogado (25). Estes quatro milagres revelam a autoridade (27), simpatia
(31), compaixão (41), e poder (2.10) de Cristo.
Os dois capítulos
descrevem uma viagem circular, saindo de Cafarnaum, pregando por toda Galiléia
(39), e voltando a Cafarnaum.
“A prova da realidade
de um homem e a revelação de seu caráter vêem-se no que ele faz quando é popular (33), como
reage às aclamações da multidão. Que fez Jesus? (35) A única coisa segura a
fazer é retirar-se da turba ao trono, da pregação à oração. Ninguém que não
passa muito tempo com Deus poderá prevalecer muito tempo com os homens. Entre
os versículos 39 e 40 vem o Sermão da Montanha (Mt 5 a 7), uma amostra da
pregação referida em 38 e 39” (Scroggie).
O leproso (41-45). O
leitor deve notar quanto o leproso fez e disse e tudo que Jesus fez e disse.
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