sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

MATEUS 2

Mateus
CAPÍTULO 2


A visita dos magos (1-12). Não sabemos se eram três, nem se eram reis, mas vemos que eram sábios e vieram do oriente guiados por uma estrela, tendo tido a revelação referente a um menino que havia de “nascer rei”. Geralmente quem vai ser rei nasce príncipe herdeiro.
Notemos: A grande perturbação e a oposição de Herodes, o Grande, que já estava reinando havia 40 anos na Judéia; a informação dos sacerdotes e escribas, instruídos na verdade, mas indiferentes à sua aplicação; a astúcia do rei; a homenagem dos magos e sua obediência à ordem divina.
Jesus não está mais na manjedoura da estalagem, mas em casa (v11); e alguns entendem que já tinha um ano de idade, e que Maria, depois de passar 12 meses em Nazaré, estava de visita em Belém pela 2ª vez (v16).
F.W Grant observa que no versículo 6 os sacerdotes e escribas não citam Miquéias 5.2 textualmente, pois trocam a palavra “reinar” por pastorear. Ele pensa que isso pode ser para reprovar o rei Herodes, que estava muito longe de ser um pastor para o seu povo. Porém pode também ter sido para não pensar que qualquer outro reinasse em Israel senão ele.
Aprendemos deste trecho: Que neste mundo um poder maligno costuma se opor ao Sumo Bem; que um governador iníquo pode ter receio de uma criança santa nascida “rei”; que Jesus é digno da nossa adoração e nossas dádivas; que convém mais obedecer a Deus que a homens.
A fuga para o Egito e a matança dos inocentes (13-18).Nestes dois capítulos um anjo do Senhor ( ARA) fala três vezes a José – Mas sempre em sonhos. Na segunda vez (v13) mandou-lhe fugir para o Egito “até que eu te diga”; assim mais uma profecia cumpriu-se (Os 11.1).
Lendo em Oséias, o trecho parece, a primeira vista, não ter nenhuma referência ao Messias, mas quando examinamos a literatura judaica Verificamos que Êxodo 4.23, sobre o qual Oséias é baseado “era aplicado pela antiga sinagoga ao Messias.” ( E-dersheim citado por Ingram)
Herodes, irritado, manda matar os inocentes e inconscientemente, cumpre outra profecia (Jr 31.15).
Raquel, a mulher predileta de Jacó, aqui é a figura de Israel. Alguns entendem que havia uma localidade perto de Belém chamada Rama.
Edersheim calcula que o número de meninos mortos por ordem de Herodes em Belém e arredores poderia ser de uns 20. Um número relativamente pequeno, em vista do grande número de assassinatos que esse rei mandou cometer durante o seu longo reinado. E na própria família mandou matar Hircano, avô de sua mulher Mariana, depois a própria Mariana, seus dois filhos Alexandre e Aristóbulo, e, apenas cinco dias antes de seu próprio falecimento, seu filho primogênito Antipater, e outros (Ingram).
Aprendemos deste trecho a escutar a voz divina, que pode falar pela Sagrada Escritura ou pela voz do pregador. Notemos que desde esses tempos muitos inocentes têm sofrido. Um ódio cego contra Cristo tem motivado muitas perseguições.
“Será chamado nazareno” (v23). Estas palavras não foram escritas por nenhum dos profetas, mas poderiam ter sido ditas por algum deles.
“Temos visto que foi dito pelos profetas que Cristo, durante seu ministério terreno, teria um nome de desprezo e opróbio, e Mateus resume estas profecias nas palavras figuradas mais corretas, será chamado nazareno”
Contudo pode ser preferível a emenda de tradução “será chamado Renovo” (Zc 6.12), a palavra hebraica “nezer”, renovo, vara, sugerindo nazareno.



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