terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

MATEUS CAPÍTULO 15


Jesus repreende os escribas e fariseus (1-20). “A tradição dos anciãos (v2) significa a lei oral, que os judeus acreditavam ter sido transmitida verbalmente desde os tempos de Moisés. Foi, afinal, escrita por Judas, o Santo, em um livro chamado Mishneh, e para explicar esse livro escreveram-se as duas Gemaras ou Talmudes, chamadas a de Jerusalém e a de Babilônia” (Treasury).


A queixa não era de que os discípulos faltassem com o asseio, mas que não observaram uma tradição dos anciãos, e não praticaram a purificação cerimonial (Mc 7.1-4).
Jesus, longe de apoiar as tradições, reprovou-as.
Notemos que, às vezes, na Escritura, “honrar” significa “fornecer mantimentos, etc.” (1 Tm 5.17,18). A tradição que invalidava o mandamento de Deus, ensinava a um filho que ele, alegando que os mantimentos eram dedicados a Deus e que por isso não podiam servir de sustento para os seus velhos pais, ficava isento da sua obrigação.
“Não devemos entender que a declaração da palavra votiva ‘Corbã’, embora significando ‘um dom’, ou ‘dado a Deus’, necessariamente dedicasse o objeto ao Templo. O sentido podia ser, e geralmente era que o objeto era para ser considerado como ‘Corbã’, isto é, em relação às pessoas interessadas, esse objeto devia ser tido como se fosse ‘Corbã’, posto sobre o altar, e por isso fora do seu alcance. Embora o nome fosse o mesmo, havia duas espécies de voto: uma consagração a Deus, e uma obrigação pessoal, este último era o mais frequente” (Grant).
A mulher Cananéia (21-28). A descrição da filha da mulher Cananéia é deveras triste: ‘miseravelmente endemoninhada’ (22). Não é de se esperar que alguma menina esteja hoje nesse caso, mas vemos, infelizmente, moças e moços dominados por vícios, vaidades, e desejos carnais, e, às vezes influenciados demasiadamente pelos servos de Satanás, que procuram arrastá-los para o pecado e a perdição.
A lição principal do incidente parece ser que Cristo, afinal, corresponderá à fé, ainda que Ele pareça por algum tempo não fazer caso. Podemos considerar os motivos que os homens se chegam a Cristo: Curiosidade? Admiração? Doenças? Tentações? Necessidades de parentes? Neste incidente temos:
1) Uma grande necessidade: Descobrimos: a) um caso terrível: uma moça sujeita a um espírito maligno, mas, não nos parece ser sem o consentimento dela. A carne está em todos nós, mas há quem franqueia a entrada de espíritos malignos. Na China tem se verificado repetidas vezes que um acesso de cólera deixa a porta aberta para a entrada de um espírito mau. Quem se mete com o espiritismo está sujeito ao poder dos espíritos malignos; b) um caso sem remédio por quaisquer meios conhecidos; c) um mal que afligia a mãe e toda a família. Sem dúvida a necessidade era grande.
2) Uma grande esperança: a) A mulher ouvira de Jesus e seus milagres. B) Dirigiu-se a Ele inconvenientemente , porque ela nada tinha com “o filho de Davi”, e parece que quis fingir-se israelita. C) Ela persistiu, porque não tinha outra esperança, mas mudou sua maneira de tratar o Senhor.
3) Uma grande fé manifestada: a) na humilde confissão da sua necessidade b) na sua súplica fervorosa; c) na sua perseverança. Jesus quis experimentar a sua fé, porque sabia que ela resistira à prova.
A segunda multiplicação de pães (29-39). Neste trecho vemos Jesus: a) curando os doentes; b) alimentando a multidão; c) ensinando o povo.
Para a explicação da segunda multiplicação de pães consulte Marcos 8.1-10.
Os cestos do versículo 37 eram maiores que as alcofas de 14-20.

Proposta emenda de tradução. O versículo 8 deve ser: “Este povo chega a mim com a boca e honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (C.136).

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