quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

MATEUS CAPÍTULO 25


A parábola das dez virgens (1-13). O sermão profético é interrompido por parábolas desde 24.32 até 25,31, e as destes capítulos ensinam outra vez a necessidade de vigilância (1-13) e fidelidade (14,30).
As virgens representam cristãos professos, dos quais cinco são renascidos. Devemos notar os pontos de semelhança que havia antes do grito da meia-noite e os pontos de diferença depois desse brado.
O nosso estudo desta parábola podemos considerar:
1) O propósito das virgens que foi o de se encontrar com o esposo – sem dúvida um bom propósito. Quais são os propósitos que mais preocupam o pensamento humano? Alguns aspiram a, mais cedo ou mais tarde encontrarem-se com Cristo.
2) A prudência das virgens. Notemos que havia aparente semelhança exterior entre elas, mas fundamental diferença íntima. Cinco prudentes; cinco loucas.
3) O preparo das virgens para se encontrarem com o esposo era, então, azeite nas lâmpadas: Talvez uma figura do Espírito Santo. Qual é o preparo de que nós necessitamos?
4) A paciência das virgens. Houve uma demora inesperada, como também parece acontecer com a segunda vinda de Cristo; e essa demora serviu para revelar a prudência das virgens. O decorrer dos anos descobre, em nós, o que?
5) O prêmio das virgens prudentes foi o de entrarem no gozo do noivo. Há galardão para o crente em Cristo, pois gozará futuramente a companhia do seu Senhor.
6) O prejuízo das virgens loucas foi a perda de toda essa alegria. O remorso por bênção perdidas pode bem ser um dos principais castigos do impenitente.
7) A lição da parábola é: “Vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora”. Efeitos desta vigilância: a) guarda-nos de demasiada preocupação com interesses atuais; b) preserva do desânimo que poderia resultar das provações do momento; c) inspira-nos com grande esperança para o porvir; d)preocupa-nos com o Cristo, não como sofredor, mas como Rei vindouro.
A parábola dos talentos (14-30) ensina-nos a aproveitar bem o tempo até a vinda de Cristo. O verdadeiro Crente não pode ser um servo mau ou negligente.
O talento era o dinheiro da antiguidade que, segundo o dicionário de Davis, valia 29,374,50 dólares, sendo de ouro, ou, de prata, valendo este 1950,00 ( em 1942).
Em figura, os talentos representam as oportunidades da vida. Nós podemos ter pouco dinheiro com que servir nosso Senhor, mas temos força, tempo, oportunidades, etc.
“Esta parábola dos talentos deve ser comparada e contrastada com a das minas em Lucas 19”. Ambas falam da ida, da ausência, da volta, e em ambas a ênfase é sobre o que se faz durante a ausência.
“A cada um destes servos é dado segundo a sua capacidade (14,15); os servos são então contrastados (16-18); depois vem a volta, a prestação de contas, o prêmio dos diligentes, e reprovação do indolente (19-30)” (Scroggie).
“Não é a quantia que nos é dada que determina a recompensa, mas a fidelidade no seu emprego. O servo que recebera cinco talentos ganhou outros cinco, mas o que recebera dois também dobrou o capital recebido, e merece a mesma aprovação; e havia de ser uma satisfação para o senhor achar um dos seus pronto a servir tanto na condição humilde como na condição mais elevada” (Grant).
O fim do sermão. O juízo das nações vivas (31-46). Não se deve confundir este juízo com o dos mortos em Apocalipse 20.11-15.
A ocasião do juízo é a vinda gloriosa de Cristo com seus anjos. Segunda fase da segunda vinda, logo antes de ser estabelecido o Milênio.
O lugar: provavelmente, a Palestina.
Os julgados: as nações vivas.
O assunto do juízo é a maneira pela qual as nações têm tratado os “irmãos de Cristo”.
O resultado é separação, galardão ou condenação.
O versículo 40 merece a nossa detida consideração, e deve influir em todo o nosso serviço.
O versículo 45 mostra que há castigos por pecado de omissão.
O expositor prudente evitará aplicar o ensino deste juízo a outras pessoas ou outros pecados não referidos no trecho.
“O Filho do homem vem na sua glória, e todos os santos anjos com Ele, e senta-se no trono da sua Glória (v.31). Todas as nações estão reunidas perante Ele. As palavras são “panta ta ethne”, que muitas vezes são traduzidas num sentido geral e não com referência às nações individualmente (Gl 3.8; 2 Tm 4.17). Por isso não convém insistir que temos aqui o julgamento de nações e não de indivíduos. Talvez seja mais prudente tomar a parábola como ensinado o princípio geral em que o julgamento se baseará, para que assim os nossos corações sejam exercitados por ela. Nem devemos insistir demasiadamente sobre as palavras ‘estes meus irmãos” aplicando-as exclusivamente aos judeus. “As palavras de 10.40-42 permitem-nos dar à expressão uma aplicação mais extensiva” (Goodman).
Este trecho não contém qualquer alusão aos crentes no Evangelho da graça de Deus. As nações aqui são julgadas não por sua fé ou descrença numa obra redentora, mas segundo as suas próprias obras. Por isso o trecho pouco serve ao evangelista na sua apresentação do Evangelho da graça de Deus.

Nota: As anotações entre colchetes([]) no comentário  aos capítulos 24 e 25 permitiu-se ao editor inseri-las.

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