quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

MATEUS CAPÍTULO 22


A parábola das bodas (1-14). Lucas, quando relata os acontecimentos da última semana antes da cruz, omite as parábolas dos dois filhos e das bodas. Contudo ele dá outra semelhante (Lc 14.16-24) que parece ter sido contada em ocasião anterior.
A parábola das bodas ensina que Israel recusaria o Evangelho e que os gentios seriam chamados. Aqui quem convida é um rei. Em Lucas é “um certo homem”.
“A primeira parte da parábola (1-10) é contra o indiferentismo; a segunda parte contra a irreverência. A primeira fala da exclusão do judeu descrente; a segunda, da rejeição de um gentio que figurava como crente. E fatal recusar a mensagem do Evangelho, mas igualmente fatal tomar lugar de crente e não obedecer ao Evangelho. Na verdadeira Igreja de Deus todos têm o manto da justiça; mas na cristandade, em toda a esfera da profissão cristã, muitos não o têm” (Scroggie).
“Muitos são chamados pelo Evangelho, e fazem uma certa profissão, mas ‘poucos são escolhidos’ no sentido de realmente aceitar a Cristo e revestir-se com a sua Justiça” (Gray).
“Tem sido alegado que não existia o costume de dar vestes nupciais aos convidados às bodas, mas algumas escrituras apoiam o pensamento de que, ás vezes se fazia assim. José apresentou mudas de roupas aos seus irmãos (Gn 45.22). Sansão, no seu casamento, deu aos trinta companheiros mudas de roupa para os moços que alegou terem visitado seu amo (2Rs 5.22). Chegar ao sacrifício do Senhor “de vestidura estranha” era motivo de castigo (Sf 1.8). Porventura teria sido um dos “bons” que assim se atreveu? Os trapos imundos da nossa própria justiça não servem para substituir a Justiça que Isaías cantou: “Regozijar-me ei muito no Senhor, e minha alma se alegra no meu Deus, porque me vestiu de vestidos de salvação, me cobriu com o manto da justiça” (IS 61.60)( Goodman)
A questão do tributo (15-22). Continuam as tentativas para confundir Jesus com os argumentos deles, e agora os herodianos (gente da política) entram no assunto. Pedem astuciosamente uma resposta “Sim” ou “Não”, mas há muitas perguntas que não podem ser respondidas assim.
A ressureição dos mortos (23-33). Os herodianos ficaram confundidos, e chegam os saduceus, mas não tem melhor êxito.
“O Senhor primeiro responde à pergunta dos saduceus, e então reprova a incredulidade que a inspirou. A pergunta Ele a responde com uma simples afirmação, na qual contradiz a incrédula teoria deles- de que não há anjos (At 23.8). Foi suficiente confrontar o argumento baseado na ignorância com seu perfeito conhecimento. Anjos havia, e os santos ressuscitados seriam semelhantes a ales, sem casar nem dar em casamento. Os saduceus não compreendiam o poder de Deus, e não imaginavam outra coisa senão uma reprodução das condições terrestres. A sua perplexidade era o fruto das suas imaginações carnais” (Grant).
Duas perguntas: “Qual?” e “Quem?” (34- 46). Uma feita por um doutor da Lei; a outra, por Cristo mesmo. A pergunta do doutor feria uma questão muito discutida pelos fariseus. Eles reconheciam 365 proibições e 248 mandamentos da Lei, e naturalmente alguns mandamentos deviam ser mais importantes do que outros. Qual seria o mais importante de todos?
Era uma pergunta insensata, mas o Senhor valeu-se dela para dar um ensino precioso. Ele diz: 1) Que a lei de Deus é uma e indivisível, e pode ser resumida numa só palavra: amor, primeiro a Deus e depois ao próximo. Ofender a lei do amor é transgredir tudo. Isto trouxe consigo outra lição: 2) Que a lei não pode ser cumprida por quem tem um coração mau. “todo o coração” é aquilo que o que o homem caído nunca dará a Deus nem ao próximo.  Isso leva a uma terceira lição, que se encontra na terceira pergunta que o Senhor faz. 3) Que a graça necessária para cumprir a Lei se encontra somente em Cristo, que é, ao mesmo tempo, filho de Davi e Senhor de Davi.
“Que pensais vós de Cristo?” Esta é a grande pergunta. Da resposta que lhe dermos depende o nosso eterno destino. O homem não é justificado pela Lei, nem salvo por um credo correto (Goodman).

Proposta emenda de tradução. Devemos ler no versículo 43, como na V.B. – “Davi, pelo Espírito, lhe chama Senhor” (G.47).

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