sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

ROMANOS 1

ROMANOS
CAPÍTULO 1
Introdução (1-17). Começa com a salvação (1-7); prossegue com ações de graças (8-12), e conclui com a apresentação do tema da epístola (13-17).
A saudação afirma três coisas acerca do escritor da carta (v.1). Do Evangelho, diz que fora prometido pelos profetas; afirma que seu assunto é o Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor; revela que Jesus é da semente de Davi, provado ser Filho de Deus, e dador da "graça e apostolado" de Paulo.
Sobre o versículo 4 Wilfrid Isaacs tem a seguinte nota: "'Anastasis'... não pode referir-se à ressurreição dentre os mortos por parte de Cristo, embora isso possa ser incluído na ideia geral de ressurreição".
Apesar da ausência da preposição "ek", o sentido parece ser "por (sua) ressurreição (de entre ) os mortos".
Dos destinatários da carta declara: 1) Sua localidade; 2) que eram amados de Deus; 3) que eram "santos" por vocação divina; 4) que podiam receber "graça e paz" do próprio Deus.
Neste trecho podemos notar os seguintes pontos:
1) Que a fé cristã é uma obediência (v.5).
2) Que o crente é considerado um "santo", isto é, uma pessoa separada para Deus.
3) Que ele pode  (e precisa) receber "graça" e "paz" de Deus.
4) Que o apóstolo, pensando nos romanos, primeiro deu graças; depois orou por eles. (E nós, fazemos assim?)
5) Que, a seu próprio respeito, Paulo falou: "sou devedor"; "estou pronto"; "não me envergonho".
O versículo 17 merece cuidadosa atenção pela maneira que descreve o Evangelho.
O que está escrito aqui não significa que "Deus age com justiça", pois não há, no original, o artigo "a" antes de "justiça"; mas diz que é revelada no Evangelho, para o crente, uma justiça que vem de Deus, em contraste com a Lei, que exigia uma justiça que vem da parte do homem para Deus. O que a Lei exige a graça fornece.
Esta justiça que vem de Deus não nos vem por algum esforça humano, por uma cuidadosa observação de leis e cerimônias, ou por qualquer bondade que nos seja inerente, mas resulta, na vida do crente, da sua fé (v.17). Esta é uma fé que não olha para dentro, para descobrir justiça própria, mas que olha para Cristo e vê nele uma redenção que responde pelo passado, uma graça constante que santifica o presente, e um poder que garante o porvir.
A ira de Deus (18-32). Em seguida o apóstolo considera a ira de Deus que é eternamente contra tudo que prejudica o bem estar espiritual da sua criação. a ira divina reprova o mal, como o médico combate a doença, como o pai reprova qualquer conduta que é nociva ao caráter do seu filho.
Este trecho trata do testemunho que a natureza dá ao Criador, e deve ser estudado junto com o Salmo 19.
Às vezes se diz: "A vida do crente é a Bíblia do descrente", e, pelo ensino deste trecho, podemos dizer que a natureza é a Bíblia do pagão. Cada um deles - o descrente e o pagão -, pela sua própria Bíblia, deve aprender que existe um Criador, infinitamente superior aos homens, e capaz de fazer tudo que nos rodeia e que os homens não podem fazer. Devem aprender também que, por isso, Ele é digno de ser glorificado como Deus e de receber ações de graças; e que seu "eterno poder" e "divindade" são evidentes pelas suas obras.
Porém o apóstolo afirma que o povo não aprendeu a lição. Por isso sofreu a reprovação de Deus, a sua ira, manifestada, principalmente, pelo fato de ter Deus entregado os homens (24, 26,28) ao pleno desenvolvimento das suas concupiscências naturais.
Ainda hoje, e entre gente civilizada, vemos que a pessoa destituída de qualquer sentimento de responsabilidade para com Deus, tende a obedecer aos instintos das suas paixões.

Os últimos versículos do capítulo apresentam um quadro terrível da depravação dos pagãos que se recusavam a obedecer à pouca luz que tinham, a da natureza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário