MATEUS
CAPÍTULO 7
Não julgueis (1-6). O
que aqui é reprovado não é o discernimento sensato e necessário, mas uma
inclinação para a censura, que é condenada por dois motivos: porque prejudica o
próprio caráter (1,2) e impede-nos de servirmos aos outros (3-5). A ilustração do
argueiro e a trave é penetrante e humorística. Pretender que não possa haver
ministério que remova os argueiros é um erro. O que o Senhor diz é que quem
tiver trave no próprio olho não pode ver claramente para tirar o argueiro do
olho de outro. Quando julgamos pequenas as nossas próprias culpas é certo que
havemos de pensar que as dos outros são grandes (Scroggie).
Nossas “pérolas”, no
versículo 6, podem ser as preciosas verdades que somente os crentes têm
capacidade para apreciar. Por exemplo, o parentesco espiritual que nos une a
família de Deus. Mas temos ouvido alguém, conversando com descrentes,
falar-lhes do “irmão Fulano”. Para o mundo esse Fulano não é um “irmão “, mas um cidadão.
Oração (7-12). Notemos
quanto se trata deste assunto no sermão. A oração deve ser sincera, confiada,
definida, perseverante.
Caráter e destino
(15-23). O manifesto do Rei (caps. 5 a 7) fala de três coisas, a última das
quais se considera neste trecho. Elas são: os súditos do reino (5.1-16); a
doutrina do reino (5.17 a 7.6); o caminho para o Reino (7.7-29). Sob este
último título temos direções (7-14) e avisos (15-29).
Aprendemos dos
versículos 15-20 que devemos conhecer os “profetas” pelos “frutos” do seu
ensino e exemplo. Quando qualquer ensino novo produz discórdias entre os
crentes, aniquila a espiritualidade dos adeptos, diminui o amor e a caridade,
promove discussões e contendas, podemos saber que quem o traz é “falso
profeta”.
A prova do verdadeiro
servo de Deus é que ele faz a vontade do Pai (v.21). O Senhor gostava de
ensinar contrastes; o sermão termina com três: caminho largo e caminho
estreito; árvore boa e árvore ruim; fundamento de rocha e fundamento de areia.
Os dois alicerces
(24-29). O ensino de Jesus é para ser posto em prática. Quem basear seu caráter
sobre as verdades do Salvador, suportará as tempestades e as provações.
Podemos notar que a
palavra grega traduzida “combater” no versículo 25 não é a mesma do versículo
27. Contudo, o dicionário não faz muita diferença no sentido dessas palavras.
Jesus “ensinava como
tendo autoridade, e não como os escribas” (v.29). Os Homens necessitam
comprovar as suas afirmações, citando documentos ou autoridades competentes.
Jesus podia afirmar sem necessidade de comprovantes.
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