MATEUS
CAPÍTULO 3
João Batista prega o
arrependimento (1-12).
João Batista é a única
pessoa do N.T., exceto nosso Senhor, cuja obra foi predita no V.T. Em Isaías
40.3 ele é a ‘voz que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor’. Em
Malaquias 4.5 fala-se dele: ‘Eis que vos envio o profeta Elias, antes que venha
o dia grande e terrível do Senhor’. O Senhor diz-nos em Mateus 11.14 que isto
se refere a João. (Goodman)
Aqui João Batista
aparece de repente. Em Lucas lemos a sua história anterior. Nos versículos 1-6
de nosso capítulo temos um resumo do seu aspecto, serviço e êxito.
Comendo gafanhotos
(v.4). “O erudito e verdadeiro escritor Burkhard assim fala deste assunto: “todos os árabes habitando as vilas de Nejd e
Hedaz comem gafanhotos. Tendo visto em Medina e Tayf lojas onde se vendem
gafanhotos por medida. No Egito, na Núbia, são comidos apenas pelos mais
pobres. Os árabes, para preparar os gafanhotos como alimento, põem-nos vivos a
ferver em água em que há bastante sal. Depois de alguns minutos tiram-nos e
secam-nos ao sol. Então são tiradas as cabeças, pernas e asas. Os corpos quando
bem secos são postos em sacos. Às vezes
comem-se em manteiga” (The Land and
the Book). (Veja-se Levítico 11.22)
O reino dos céus (v2)
refere-se ao reino terrestre prometido a Israel no V.T. sob o domínio do
Messias. É o governo dos céus sobre a terra (Dn 2.44; Mt 6.10). Quando Israel
rejeitou seu Rei, esse reino foi adiado até sua volta gloriosa. Os crentes
provam desde já as bênçãos espirituais do governo de Cristo.
Diz-se que o batismo
com água (v.6,13,etc.) era um rito usado pelos judeus quando faziam prosélitos
dentre os gentios. João Batista, não podendo sugerir uma pessoa em nome de quem
batizasse o povo, apontou para o arrependimento como o centro espiritual dos
piedosos, e falou de outrem, que usaria outro batismo, não de água, mas com
Espírito Santo e com fogo. Os crentes, (o trigo) seriam batizados com o
Espírito, e os descrentes, (a palha) futuramente, no fogo.
O embaixador do Rei
(1-12). Leia o que Jesus disse de João Batista no capítulo 11.7-15,
considerando neste trecho: 1) O homem (1-4), notando com cuidado suas
características. 2) Sua missão (5,6) que era bastante limitada. Ele é chamado o
“batista” porque o seu trabalho era batizar. Paulo não podia ser chamado de o
batista porque disse: “Cristo enviou-me, não para batizar, mas para
evangelizar” (1 Co 1.17).
O batismo de João não
era o batismo Cristão ( em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo), mas do
arrependimento, a fim de “preparar o caminho do Senhor”. 3) A sua mensagem (7-12). De acordo com a
dispensação que ele representava a
mensagem não era de conforto, mas de aviso: Víbora, ira, machado, fogo , palha,
queimar. Estas não são palavras evangélicas, mas a Lei era uma preparação
necessária ao Evangelho. Antes de poder haver conversão precisa haver convicção
(Scroggie).
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