quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

MATEUS CAPÍTULO 28

A ressureição (1-10). No versículo 1 devemos ler “e depois do sábado, antes da alva do primeiro dia da semana” (O. 21).
A narrativa de Mateus é a única que diz que o anjo do Senhor tirou a pedra do sepulcro e sentou-se sobre ela. O “evangelho do Rei” recorda este humilde serviço de um dos mensageiros celestiais.
Notemos as palavras “Vinde”; “Vede”; “Ide”; “Dizei”. As palavras do anjo inspiram alegria, mas as de Jesus, adoração (9). E depois: “Não temais; ide anunciar”.
Este trecho nos revela com respeito aos anjos. Eles têm corpo mas passam livremente entre o Céu e a Terra (2). Este anjo trajava roupas; era resplandecente, e despertou temor nos que o viram (3,4). Falou, presumivelmente, em aramaico, pois foi entendido. O que os guardas fizeram, ele ordenou às mulheres que não fizessem (4,5). Conhecia a Jesus e sabia por que as mulheres tinham vindo (5). Sabia que Jesus predisse a sua ressureição; sabia que Ele ressurgiria; disse isso às mulheres e mandou que examinassem o lugar (6). Chama Jesus de “o Senhor”.
“Maria Madalena já tinha corrido para dar as boas notícias aos discípulos antes que Jesus se encontrasse com as outras mulheres, por isso ela não estava com elas. Tiveram o ensejo de abraçar-lhes os pés (v.9), enquanto Maria Madalena, querendo fazer isto, fora proibida (Jo 20.17). O motivo disto tem sido muito discutido. A seguinte explicação parece razoável: a intenção de Maria era segurá-lo para que não se retirasse mais, como Jacó quis segurar o Anjo (Gn 32,26); como a mulher samaritana recusou a deixar Eliseu, abraçando-lhe os pés (2 Rs 4.27). Veja-se também cantares 3.4. A resposta do Senhor significava então: “Não me detenhas com demonstrações de afeição. Ainda não ascendi”.
Jesus aparece aos discípulos na Galiléia (11.20).
“Parece ter havido dez manifestações antes da ascensão do Filho de Deus, sendo cinco no dia da ressureição e cinco depois. A dos versículos 8-10 era a segunda no dia da ressureição, sendo a primeira a Maria Madalena (Jo 20.14-18)” (Scroggie).
No versículo 17 devemos ler “E quando o viram adoraram-no, embora duvidosos dos seus sentidos” (O. 26).
A grande comissão de evangelizar o mundo (16-10). Todo o poder; todas as nações; todas as coisas; todos os tempos. Notemos:
1) Sua autoridade: total, universal, única, suficiente.
2) Seu mandato; positivo, explícito, urgente, inclusivo.
3) Seu batismo, matriculando discípulos de todas as nações. A palavra “ensinai” (v.19, Alm.) é “matheusate” (discipular ou matricular) e no versículo 20 é “didascontes” (instruir). Depois de ser matriculado pelo batismo.
4) Seu ensino dos discípulos arrolados – todas as coisas que vos tenho mandado.
5) Sua presença, em todos os lugares e em todos os tempos. Notemos que a frase “sunteleias tou aionos”, traduzida na V.B. “fim do mundo” significa, ao pé da letra, “fim de época”. Em nenhuma parte da Bíblia fala-se do “fim do mundo”. [Assim entende o autor].

Aprendemos deste trecho: Que a chamada ao serviço vem a quem está no caminho da obediência (16) que a visão do Cristo ressurreto leva à adoração (17); que nossa confiança para o serviço deve estar no poder de Cristo e não em Nós, que o alvo do Evangelho é todo o mundo (19); que devemos ensinar toda a verdade de Deus; que o crente pode contar com a contínua presença do seu Salvador.

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