ROMANOS
CAPÍTULO 14
Tolerância para com os fracos na fé (1-12). Vemos que devemos
recebê-los e não rejeitá-los – ao mesmo tempo em que evitamos contender com
eles.
Notemos que o apóstolo não resolve os casos problemáticos
que menciona: questões de comidas guarda de dias santos, etc., mas afirma que
quem tem escrúpulo em tais casos o tem “para o Senhor”- não para o seu próprio
agrado, como no versículo 21.
Assim aprendemos a não julgar os outros naquilo que fazem
“para o Senhor”, mas a julgar a nós mesmos em qualquer coisa que, sendo apenas
de nosso agrado, sirva de escândalo para nosso irmão.
O versículo 8 anuncia lindamente o alvo da vida ou da morte
do crente – ele vive ou morre “para o Senhor”. Poderá a nossa vida descrever-se
assim?
Notemos no versículo 10 que não devemos julgar nosso irmão
em qualquer coisa que ele faça “para o Senhor”, embora seja nosso dever julgar
retamente as questões entre irmãos (1 Co 5.12 a 6.1-9).
Devemos distinguir entre as coisas que o crente faz para si,
como comer carne, etc. (Rm 13.21), e as coisas que faz “para o Senhor”, como
dedicar ao serviço de Deus um dia especial (v.6).
O que o crente faz para si, pode deixar de fazer em atenção
à consciência de um irmão. O que faz para o Senhor ninguém deve pedir que, para
comprazer ou outros ele deixe de fazer.
Mas devemos ter paciência para com o procedimento dos
outros: a) quando entendem que obedecem ao ensino bíblico; b) quando ignoram o
ensino bíblico; mas neste caso faremos o possível para os instruir; assim se
alguém não entende como nós a verdade do batismo, não vamos excomunga-lo por
isso, mas esclarecê-lo sobre o que ensina a Bíblia sagrada; c) quando usam uma
prática que não achamos na Bíblia, mas que não é contra qualquer preceito das
Escrituras; assim não vamos condenar a Escola Dominical ou uma reunião de
mocidade, apenas por não serem mencionadas na Bíblia.
O Tribunal de Cristo referido neste capítulo (v.10) para
reforçar o argumento de que não devemos julgar ou desprezar um irmão que
entende que faz “para o Senhor” aquilo que faz. No caso de ele praticar um ato
para agradar a carne, pode ser julgado pela igreja por isso, mas esse caso não
está em vista aqui.
Liberdade e caridade (13-23) devem caracterizar o povo de
Deus. Consideração mútua, paz, e coisas que edificam, são as características
mais evidentes dos crentes em Cristo.
Vemos no versículo 17 uma descrição importante do reino de
Deus segundo os seus valores espirituais.
É fundado na justiça, mediante uma obra expiatória, e por
isso o crente ama e usa a justiça; a consequência dessa justiça (perante Deus e
os homens) é a paz, e o distintivo do cristão é a alegria do Espírito Santo –
uma alegria que vem pelo Espírito de Deus e não pelos gozos carnais.
Aprendemos do versículo 23 que tudo que não é de fé, que não
temos aprendido com Deus mediante a sua palavra, ou pela oração, é pecado.
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