quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

MARCOS CAPÍTULO 2


O paralítico (1-12). Depois de uma viagem de evangelização, Jesus está de volta em Cafarnaum, e “logo se ajuntaram tantos que nem ainda nos lugares junto à porta cabiam”.
Notemos: que o paralítico não podia ir procurar a cura; que a bênção que recebeu foi devida ao empenho de quatro amigos; que menos um desses sabia como poderia abrir um buraco no telhado da casa; que Jesus apontava o motivo da doença, o pecado; que Ele tinha poder para perdoar; que Ele lia os corações; que o “leito” do doente era provavelmente uma espécie de esteira; que os assistentes ficaram impressionados com o milagre.
Sobre a construção das casas em Cafarnaum, e como se podia baixar um doente pelo telhado, podemos consultar “The Land and the Book”, pág. 358. A descrição é muito longa para se traduzir aqui, mas, em resumo, podemos entender o seguinte: os telhados das casas eram muito baixos: os caibros tinham uma distância de um metro de um ao outro; transversalmente aos caibros colocavam-se ramos cobertos de reboco e barro para proteger tudo do tempo. Não é difícil remover uma parte dessa coberta, mas a maior dificuldade da narrativa é pensar no incômodo que a poeira havia de causar às pessoas dentro da casa. Não precisamos supor que os quatro amigos baixassem o doente até o chão sem auxílio algum do povo lá dentro.
Várias coisas interessam-nos neste milagre de cura. Por exemplo:
1) Como Jesus tratou primeiro da origem da doença: o pecado do homem.
2) Como Ele podia e quis perdoar os pecados que causaram o mal, e em fazê-lo demonstrou ser Deus (v.7).
3) A oposição dos escribas assentados ali, e ao mesmo tempo o discernimento deles que o perdão de pecados é prerrogativa de Deus.
4) Como Jesus percebeu os pensamentos íntimos deles (8).
5) Porque era mais fácil curar que perdoar: para isso tinha que haver uma obra expiatória; para aquilo, uma manifestação do poder divino.
6) Saúde restaurada era uma prova de pecado perdoado (10).
O homem curado, “tomando logo o leito, saiu”. O dr. Scroggie pergunta a seus leitores; “Vosso leito está debaixo das costas, ou carregado no ombro?”
Levi (Mateus) é chamado (13-17). Ficamos a imaginar se Mateus seria irmão de Tiago, outro “filho de Alfeu” (3.18), e qual dos dois teria falado ao outro a respeito do Mestre.
Vemos o poder da palavra de Jesus; disse apenas “Segue-me”, e foi transformado toda uma vida. Quais palavras de Jesus que mais nos têm impressionado?
A primeira coisa que Levi quis fazer foi apresentar Jesus aos seus amigos, e lembrou-se de fazê-lo por meio de um jantar. Alguém pode fazer hoje coisa semelhante?
O jejum (18-22). Hoje, perante o mundo, jejuamos (abstendo-nos de certos gozos lícitos) porque Cristo está ausente. Reunidos com os crentes, regozijamo-nos porque Cristo está “no meio”.
Os versículos 21.22 ensinam que Cristo não propôs remendar o velho judaísmo nem pôr o “novo vinho” do Evangelho dentro dos antigos ritos e cerimônias. Ele trouxe um novo ensino, uma nova proclamação – as boas-novas de que a graça de Deus pode agora manifestar-se em bênçãos para todos que, arrependidos, creem em Cristo.
Diz o Dr. Scroggie: “A verdade é que o judaísmo e o cristianismo; a Lei e o Evangelho; o legalismo e a liberdade espiritual, são incompatíveis. O novo material do Evangelho não deve ser empregado para remendar o velho vestido da Lei; nem devemos pôr o novo vinho do cristianismo nos velhos odres do judaísmo (leia-se Gálatas 4.5 e especialmente 5.1). É de lamentar que muitos cristãos vivem na velha dispensação do tempo e das estações: “não toques, não proves, não manuseies”- confessando a Cristo, seguem a Moisés. O cristianismo nunca havia de ser um judaísmo remendado. Este fato é a condenação do ritualismo”.
Jesus, Senhor do Sábado (23-28). Cristo viu o povo muito apegado ao ritualismo, por isso ensinou que ritos, cerimônias e dias de guarda não constituem uma lei de ferro. Em seu serviço podemos trabalhar até num dia de guarda, como também atender a necessidade do nosso corpo (25).
A essência do parágrafo está no versículo 27 – O sábado era uma bênção, não uma carga; o sábado era para o homem, e não o homem para o sábado.

Conforme 1 Samuel 21, o nome do sumo sacerdote era Aquimeleque e não Abiatar (v.8). Esta diferença tem sido explicada de diversas maneiras pelos expositores. O livro de Treasury diz que Abiatar era filho de Aquimeleque e que provavelmente pai e filho levaram os dois nomes, que parece ser certo de 2 Samuel 8.17 e 1 Crônicas 18.16, onde Aquimeleque é evidentemente chamado de Abiathar, enquanto Abiathar é chamado de Aqimeleque.

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