sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

ROMANOS 5

ROMANOS
CAPÍTULO 5
Justificação e paz (1-11).
Os primeiros dois versículos marcam três passos da experiência cristã: a) justificação pela fé em Cristo, e, consequentemente, paz com Deus; b) acesso, ou liberdade de entrada no gozo do favor de Deus, onde o crente tem o privilégio de permanecer; c) regozijo na esperança da futura manifestação da glória de Deus, quando toda a glória dos homens tiver passado.
Sobre estas indizíveis bênçãos seria possível estender-nos longamente, mas o capítulo contém tantas outras belezas que devemos ir mais adiante.
"O regozijo dos versículos 1 e 2 vem do olhar para cima e contemplar as maravilhas de Deus na Redenção. Mas nos versículos 3-10 o apóstolo olha em redor e acha mais um motivo de regozijo nas tribulações desta vida presente, porque nelas também vê a mão e a misericórdia de Deus.
O versículo 5 é especialmente notável porque nele, pela primeira vez em Romanos, é mencionado o Espírito Santo, como também o "amor de Deus".
Podemos dizer que uma das provas de ter alguém o Espírito Santo é um profundo reconhecimento  do amor divino.
Neste capítulo convém notar as frases: "e não é somente isto"( duas vezes) e "muito mais" (cinco vezes).
Este trecho apresenta uma lista completa de bênçãos espirituais: justificação; paz; acesso; firmeza; esperança; salvação; reconciliação. Podemos considerar o que cada uma significa para nós.
"Aqui no versículo 11 termina a primeira divisão da Epístola. Vemos que seu grande assunto é a justiça de Deus na justificação dos ímpios pela fé em Cristo, e mediante seu sangue derramado pelos pecados. Quase não trata da posição do crente, a não ser quando se refere à sua isenção da ira vindoura. Aqui não se trata de sua natureza como nascido de Adão, mas simplismente dos seus pecados. Ainda não temos lido nada da carne ou do velho homem; ; nada da vida em Cristo; nada dos fatos ou frutos do Espírito no crente. Tudo isto fica para ser considerado na segunda parte da epístola, que se ocupa com nosso lugar em Cristo, e dos resultados desta gloriosa verdade e das bênçãos que traz ao crente" (Grant).
Por Adão, pecado e morte (12-14). Desde 3.12 a 5.11 o assunto é justificação pela fé, e as bênçãos que resultam dela. Desde 5.12 a 8.13 o assunto é santificação, e o remédio que o Evangelho oferece pelo pecado.
Por Cristo, justiça e vida (15.21). Neste trecho alguns pontos merecem atenção. Os versículos 13-17 formam um parêntese: o argumento salta do versículo 12 ao 18.
As primeiras frases nos versículos 15 e 16 devem ser interrogativas. O argumento é que a redenção deve ter tanto alcance quanto a queda, ou mais ainda.
Notemos mais alguns pontos: A morte atingiu a todos, não porque Adão pecou, mas porque todos pecaram.(v.12).
Entendemos do versículo 13 que o pecado não é tido como transgressão quando não há lei. A morte reinou de Adão até Moisés (v.14), porque os homens  eram pecadores, embora não fossem transgressores de uma lei divina. (Veja-se Oséias 6.7).

Não devemos entender do versículo 19 que a obediência de Cristo seja atribuída a nós. É impossível haver substituição na obediência, embora haja substituição na pena de desobediência. Cristo foi "obediente até a morte", e, por isso, somos justificados.

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