sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

ROMANOS 3

ROMANOS
CAPÍTULO 3
Este trecho é uma espécie de parênteses em que o apóstolo considera as vantagens de Israel (vv.18). Ele discursa sobre a incredulidade de Israel e a fidelidade de Deus; entre a mentira dos homens e a verdade de Deus; entre a injustiça humana e a justiça divina; e entende que, por meio do contraste, as qualidades divinas são realçadas.
A conclusão do argumento (9-20). Aqui o apóstolo continua o argumento de 2.17-29 e afirma que os israelitas (ele se inclui) longe de serem mais excelentes que os gentios, são ainda mais culpados. E, assim, havendo no capítulo 1 tapado a boca do pagão, e no capítulo 2 a do filósofo, agora faz silenciar o judeu, "para que a boca esteja fechada, e todo o mundo seja condenável diante de Deus". Paulo conclui com a observação de que a Lei nunca pode justificar o pecador.
Não devemos entender que este trecho seja um relato completo de cada indivíduo no mundo. É  expressamente limitado àqueles "debaixo da lei" (v.19), e é citado para provar que Israel, apesar do seu alto privilégio de possuir "os oráculos de Deus", era capaz de praticar as maiores infâmias.
A justificação pela fé (21-31). Este trecho merece o mais cuidadoso estudo. Contém toda a doutrina fundamental do Evangelho. Quando o mundo está com a boca fechada, condenável (mas não condenado) perante Deus, então é que Deus revela uma justiça divina para os homens, visto que ficou provado que os homens não têm uma justiça humana com que se apresentarem perante Deus. Desta justiça que não é oferecida notamos:
1) É inteiramente gratuita, não sendo paga por nós com merecimento, promessas, esforços ou qualquer outra coisa.
2) É pela redenção que há em Cristo Jesus. Não é apenas um indulto. Não é revelação da antiga dívida, mas baseia-se na plena liquidação dessa dívida.
3) É pela fé no valor do sangue derramado (22,25); fé que reconhece uma necessidade urgente, compreende a expiação consumada, e aceita uma oferta soberana.
4) A fé permite a Deus ser justo em justificar o crente, visto que o pecado não é tolerado, mas expurgado.
5) É uma justiça que exclui toda a jactância, por ser inteiramente de Deus e do seu Cristo. Alguns versículos merecem explicação mais particular:
"Todos... ficaram aquém da glória de Deus" (v.23). A criatura humana foi feita para glorificar seu Criador em tudo; mas todos, até os mais santos, ficam aquém desse sublime ideal."
"Deus propôs a Cristo como propiciação, ou propiciatório"(v.25). O propiciatório era a tampa da arca do concerto, e o lugar de encontro entre um Deus santo e um povo pecador e propenso ao pecado (Êx 25.22), porque ali fora espargido o "sangue que nos faz expiação".
No propósito de Deus, Cristo é o verdadeiro propiciatório, do qual a tampa da arca era apenas a sombra.
O versículo 30 ensina que a única justificação para o judeu ou gentio há de ser pela mesma fé na obra redentora de Cristo.

Este versículo tem sido traduzido: "Pois Deus é um só [para todos os homens] que justifica pela fé a circuncisão; e por meio da fé, a incircuncisão" (C.H. 507).

Nenhum comentário:

Postar um comentário