quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

MATEUS CAPÍTULO 21

A entrada triunfal em Jerusalém (1-11). Parece que temos aqui um cumprimento de Malaquias 3.1.  Foi uma daquelas raras ocasiões em que Jesus permitiu ao povo expressar seu entusiasmo de maneira natural. Podemos acreditar que durante o reino milenar haverá em muitos lugares tais manifestações de entusiasmo popular.



Chegamos à semana da Paixão. É o domingo. A entrada triunfal é para cumprir as profecias de Isaías 62.11 e Zacarias 9.9, mas é somente Mateus que recorda o episódio.
João 12.18 explica o motivo desta manifestação de entusiasmo popular. Era por saberem do notável milagre da ressureição de Lázaro.
É preciso consultar Marcos 11.15-18 e Lucas 19.45-48 para saber tudo o que aconteceu nesse dia e no imediato. Temos de combinar Lucas 19.40 com Mateus 21.16 para ler toda a resposta de Jesus à censura dos fariseus.
Referente à entrada triunfal, notemos: a) que a entrada foi o propósito de Jesus; b) que foi o cumprimento de uma profecia; c)que a multidão o aclamava, como muitos hoje o aprovam sem obedecer-lhe em tudo; d) que sua chegada alvoroçou toda a cidade ( quando Jesus entra no coração, Ele revoluciona a vida inteira); e) que o chamaram de “o profeta”, um mensageiro de Deus ao seu povo. É assim que o conhecemos?
A purificação do templo (12-17). Parece que Mateus põe a (segunda) purificação do templo no mesmo dia da “entrada triunfal”, e Marcos no dia imediato (segunda- feira) depois de passar a noite em Betânia. Em todo o caso parece que Jesus dormiu em Betânia, distante uns três quilômetros de Jerusalém (em casa de Lázaro?), várias noites durante a última semana da sua vida.
Notemos que esta segunda purificação é referida por Mateus, Marcos e Lucas. A primeira somente por João (2.13-17).
A figueira seca (18-22). Este é o único milagre de Juízo que Jesus operou. “A figueira é uma das três árvores que nas Escrituras servem como símbolo de Israel, a nação eleita, sendo as outras a videira e a oliveira. A videira, cultivada com tanto cuidado, tinha dado uvas bravas(Is 5.1-4). A oliveira tinha sido infrutífera e seus ramos foram quebrados (Rm 11.17). A figueira não tinha nada senão folhas, ou figos maus (Jr 24.8), apesar de ser grande exteriormente, não tinha frutos para Deus. Assim foi dada uma lição prática da sorte de Israel.
“A promessa aqui (vv.21.22) tem aplicação muito extensiva, e seria um erro limitá-la, salvo como o Senhor mesmo faz. Nada se nega a fé; mas não é limitar, o insistir que a fé não seja verdadeira”(Grant).
O batismo de João (23-27).( Veja-se em Marcos 11.27-33 e Lucas 20.1-8)
A parábola dos dois filhos (28-32). Notemos a semelhança dos filhos. Tiveram os mesmos pais, o mesmo ensino, a mesma criação, o mesmo serviço, e, afinal, a mesma ordem.
Para evitar confusão precisamos notar que Almeida e Figueiredo dão como sendo o primeiro quem disse “Não quero” e a V.B diz que foi o segundo que se recusou trabalhar. Esta diferença vem dos mais antigos manuscritos. Podemos seguir a ordem de Almeida e Figueiredo, e entender que foi o primeiro que mostrou má vontade e falta de respeito pela vontade do pai, mas que, afinal, se arrependeu e obedeceu. Disso aprendemos o perigo das respostas irrefletidas, da transigência com as próprias inclinações, da tendência de fugir dos serviços árduos. Mas aprendemos também o valor da reflexão, de julgar e até reprovar algumas das próprias resoluções, de um completo arrependimento, a confissão dos próprios erros.
O segundo parecia estar pronto, submisso, obediente às ordens do pai, mas afinal, revelou-se egoísta, desobediente, volúvel, preguiçoso, preocupado com seus próprios interesses.
Não sabemos que influências tenham levado o moço desobediente a mudar de parecer. Sabendo a vontade do pai e refletindo sobre a urgência do caso, observando o estado de abandono da vinha; sobretudo, ele pode ter refletido na bondade e sabedoria do pai, que não daria uma ordem desnecessária.
Felizmente ele teve oportunidade de mudar de plano. Alguns arrependem-se tarde demais, quando não há mais tempo para remediar a sua desobediência.
A parábola dos lavradores maus (34-46) Diz o Dr. Scroggie: “O sentido desta parábola é tão claro que aqueles contra quem foi dita bem entenderam o seu alcance. O proprietário é Deus; a vinha é Israel: o povo escolhido, cercado pela Lei; deveria ser frutífero, mas está cheio de homens de interesse próprio( os lavradores ladrões). Os lavradores são os chefes religiosos; os servos são os profetas; o filho é Cisto. A parábola é uma história de Israel em miniatura”.
Notemos o empenho do proprietário pelo fruto da sua vinha: seu cuidado em cercá-la; a entrega da vinha aos lavradores; a responsabilidade destes; o egoísmo, a perversidade, e a crueldade deles; seu pouco respeito pelo “filho”; seu erro crasso de pensar que o crime que iam praticar resultaria em lucro para eles. Notemos que, desde o versículo 23, Jesus está falando com os príncipes dos sacerdotes e com os fariseus (v.45).
Propostas emendas de tradução. No versículo 43 “povo” em vez de “nação” (o. 20). No versículo 8 leia-se “muitíssima gente”, como em Almeida, e não “a maior parte da multidão” como na V.B, (R.145). No versículo 42 leia-se “cabeça do ângulo” como em Almeida e não “pedra angular” como na V.B.


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